terça-feira, 26 de maio de 2009

Olá você, simpático leitor! Nunca antes nesse blog havia eu me dirigido a você, simpático homo sapiens, razão última pela qual escrevo essas bem traçadas e delineadas linhas. Bem traçadas e delineadas porque são obras do editor de texto do Blóguer; fosse pela minha destreza elas seriam mui tortas e disformes, criatura de caligrafia críptica que sou. Aliás, caligrafia me lembra Calígula, que a Wikipedia me diz ser o terceiro imperador romano.


K-Ligula

Mas nada disso tem a ver com o que se passa aqui, leitor sagaz, austero, porém simpático. Resolvi volver às origens, o que significa dialogar com você. Ainda que você seja arisco e não responda às minhas provocações e não comente meus posts.

Lembro-me de uma codorna que tive quando criança, igualmente arisca. Ficava ciscando no quintal, e quando ouvia mamãe ou algum de nós se aproximando, corria e se escondia atrás da geladeira velha que ficava desligada na lavanderia. Eis que, num belo sábado, achamos por bem amarrar os pés dela e levá-la de volta à loja de animais onde a havíamos comprado. Devolvemos a codorna, leitor amigo, porque ela foi arisca.

Imagino que se à época tivéssemos um blog, a codorna se recusaria igualmente a comentar nossos posts. Essa história deve ser encarada como uma parábola, leitor belíssimo, que não irá gerar graves consequências para sua integridade física e intelectual caso a moral dela chegue ao seu coraçãozinho. ;-)

Agora, sério. Segure o riso, por favor.

Leitor amigo, uma idéia me assalta em momentos oportunos e inoportunos. E tem a ver com mestrado e Tempo Perdido.

Renato, o Russo


Sim, leitor. Lembro de mim nos tempos da universidade, de como eu era, e comparo com o que sou agora. O modo como eu (não) levava as amizades. A péssima administração que fazia do ridículo tempo livre que me sobrava. As noites em claro estudando coisas tão somente para ir bem em provas. A negação de dedicar-me ao que me atraía de fato. A ausência de tudo que não fosse relacionado ao meu curso.

As coisas melhoraram 100% hoje em dia. E ainda sou um menino sério e competente. Sério até demais, o que já me rendeu o apelido de Madre Superiora em pleno Carnaval, à beira da praia. Definitivamente não sou o cara que sai correndo pelado na rua; sou antes o que sai atrás dos nus, com uma cueca na mão. E sou competente, sim, segundo pesquisaData Folha junto aos meus antigos chefes.

Tenho medo de tudo voltar a ser o que era, no momento em que eu pisar na universidade de novo. Fato é, leitor querido, acho que saí daquela fase negra sem aprender a lição por completo. Enquanto lá estava, perdi pessoas muito queridas; e acho que me culpo um pouco por tudo, ainda.

Isso não é uma ode ao ócio, leitor precoce. Tão pouco uma ode à ocupação desenfreada e desumana. É quiçã um grito, de alguém que não se (re)conhece quando está sentado numa desconfortável cadeira universitária...e que também já não tem a mínima paciência pra papo de psicólogo.

Beijos no mindinho, leitor companheiro! E obrigado por ler!

Um comentário:

  1. Bom, como sua irmã mais velha, sinto-me na obrigação de comentar seu post que não teve graça nenhuma, porém te incentivo à continuar escrevendo... pois o Nerd de hoje é o cara rico de amanhã... a maninha te ama viu?!?!

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